Pedro Celestino: Eleições Diretas são a única saída do atoleiro

Em texto publicado no site do Clube de Engenharia, o presidente da entidade, Pedro Celestino, avalia que o país chegou "ao fundo do poço" e defende que as eleições diretas para presidente da República são a única solução legítima para sair "do atoleiro em que nos encontramos". 

Pedro Celestino - Divulgação

Segundo ele, o movimento paqra levar o povo às urnas pressupõe a prévia retirada das propostas de reformas "supressoras de direitos sociais e trabalhistas", que tramitam no Congresso.

O engenheiro também pede a revogação dos "inúmeros atos lesivos ao patrimônio nacional, simbolizados pelo desmonte da Petrobras e do BNDES". Na sua avaliação, a "radical" mudança de curso promovida pelo governo Temer "careceu, desde o primeiro instante, da necessária legitimidade, por não ter provinda do voto popular".

Leia abaixo a íntegra:

O CLUBE DE ENGENHARIA E A SITUAÇÃO ATUAL

Chegamos ao fundo do poço.

Foi com as lutas e o sacrifício de gerações de brasileiros que nos tornamos nos últimos anos uma das maiores economias do mundo. A quadrilha que, hoje se vê, assaltou o poder, dedicou-se a desmontar conquistas sociais e trabalhistas alcançadas nas últimas 6 décadas e a alienar, a toque de caixa, o patrimônio nacional a interesses estrangeiros.

É hora de nos unirmos, independentemente de convicções políticas, para construir a única solução legítima para a saída do atoleiro em que nos encontramos: devolver ao povo os mandatos existentes, através de eleições diretas para a Presidência da República.

Tal solução, entretanto, há de ser construída nos marcos da nossa Constituição, e pressupõe a prévia retirada das propostas de "reformas" supressoras de direitos sociais e trabalhistas, para que sejam adequadamente debatidas, bem como o estabelecimento de regras consensuais para essas eleições, com base nos entendimentos em curso, entre lideranças da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, o TSE, a CNBB e a OAB e da revogação dos inúmeros atos lesivos ao patrimônio nacional, simbolizados pelo desmonte da Petrobras e do BNDES, pois a radical mudança de curso promovida pelo governo Temer careceu, desde o primeiro instante, da necessária legitimidade, por não ter provinda do voto popular.

O Clube de Engenharia, nessas circunstâncias, conclama as forças vivas da Nação a desinterditarem o debate, para que possamos construir o país democrático, soberano, economicamente desenvolvido e socialmente inclusivo que almejamos.

Em 18 de maio de 2017.

Pedro Celestino
Presidente