08/10: Ato público contra as privatizações do governo Serra

Os movimentos sociais estão organizados contra a tentativa de privatização das empresas estatais, entre elas o Metrô, a Sabesp e a Nossa Caixa. Segunda-feira, 08/10, às 10h, em frente à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, acontece o primeiro gra

O governo Serra está abrindo licitação para contratar uma empresa que avaliará o patrimônio de 18 estatais, com a intenção de privatizá-las e diminuir as “despesas” do Estado.


 


Diante deste fato, representantes dos trabalhadores das estatais e alguns parlamentares estão mobilizados para organizar a resistência a mais esta forma de desmonte do Estado.


 


A data para abertura dos envelopes da licitação para contração da empresa que fará a avaliação econômica e financeira e a modelagem para venda dos ativos imobiliários das estatais já está marcada: segunda-feira, 08/10.


 


Sendo assim, os movimentos sociais marcaram para o mesmo dia o seu primeiro de tantos outros atos que acontecerão contra a entrega do patrimônio público para empresas privadas.


 


Metroviários


 


Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de SP, Flávio M. Godoi, esta medida representa uma grande ameaça para toda a população de São Paulo, pois os trabalhadores terão suas condições de trabalho prejudicadas e, conseqüentemente, a qualidade dos serviços prestados cairá.


 


Godoi explica que, ao contrário das estatais, as empresas privadas têm o lucro como principal objetivo. “Para lucrarem, as empresas privadas não medem esforços. Mandam trabalhadores embora, eliminam postos de trabalho, aumentam jornadas, reduzem salários e por aí vai o desrespeito de direitos e acordos coletivos”.


 


O metroviário e sindicalista acrescenta que “o resultado final deste processo de degradação é sentido diretamente pela população, que não terá bons serviços e ainda terá que pagar altas tarifas, a exemplo do que ocorre com a Telefônica”.


 


Para concluir, Godoi reafirma a disposição de luta do sindicato que representa junto com todos os trabalhadores que estão envolvidos no processo, que também estão comprometidos com a tarefa de esclarecer a sociedade a respeito do projeto do governo Serra.


 


A luta metroviária


 


Desde o início de sua organização, os metroviários defendem a manutenção, e ampliação, do Metrô público e estatal, bem como que todo o patrimônio público continue sendo público.


 


Exatamente no dia 14 de abril de 1992, os metroviários já participavam de um seminário contra a privatização dos serviços públicos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. De lá pra cá, intensificaram cada vez mais sua luta contra a entrega do patrimônio público para empresas privadas, principalmente pelo fato de o governo estadual fazer do Metrô um de seus principais alvos.


 


A categoria chegou a fazer uma greve de 24 horas no dia 15/08/06, contra a privatização da Linha 4 – Amarela.


 


Frente em defesa das empresas públicas, estatais. Contra a privatização


 


Além do Sindicato dos Metroviários de SP, fazem parte desta frente os sindicatos dos trabalhadores de todas as outras estatais que estão na mira do governo estadual, bem como centrais sindicais, parlamentares e diversas entidades dos movimentos sociais.


 


Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários de SP